13/02/2013

Sobras

Postado em 13.2.13  | No marcador  Expressão



Algumas folhas ficaram pelo caminho,
outras levadas pelo vento chegaram onde não sei.

Dos galhos, os secos se foram,
os poucos verdes jaz os frutos.

Das notas de um violão,
partiram-se as cordas para aquecer as noites do inverno.

Daquelas cifras, tristes embaladeiras de uma solidão,
quero as que me fazem chorar.

Essas lágrimas, minhas eu não sei,
rasgam a pele de escarlate que inebria Ailton.

Desse Barros que ainda há,
sobraram palavras que serão levadas a sete palmos.

Do sonho que me deram,
as incertezas de alcançá-los.

Nos salões,  
as danças sob o nada para o menos ainda.

Dez dedos, balanço das pernas,
talvez uma síndrome do sofrer.

Daquilo que mais lembro,
perseguição nas escadas do acaso.

De alguém meio sem versos,
um eu em sobras.


Ailton Barros

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