Que outra forma há para explicar
o amor se não amar? Os poetas que tentem responder esta indagação.
Como um garoto ingênuo que brinca
com as palavras, me afogo na ousadia para dizer que não há literatura
convergente para o amor.
Há aqueles que não amam ou fingem
não amar, há quem ama demais, há quem ama de menos, há quem ama e bate, há quem
apanha por amar.
Sei de quem amou calado e quem
gritou pra todos ouvirem, quem foi correspondido e quem foi desprezado sem uma chance.
Sei de amores impossíveis assim
como sei daqueles imprevisíveis, sei também de uns sem cor, sem um vintém no
bolso, uns até sem bolso eu já vi.
Descobri dias desses os vários
sabores, tem deles suaves e altos, ríspidos e baixos, magros de menos ou gordos
de mais, tem sempre um atrás de uma carta assim como um piano chora por uma ponta
de sapatilha.
Tão longe ou perto, a galope ou
com tração, a remo ou na sola do pé, sem asas e voando, sempre há um pairando
entre nós.
Como areia da praia ou milho aos
pombos, como soja no sul ou água do mar, tá assim de coração correndo atrás,
mas não se iludam, o amor não se pode ter.
Ailton
Barros
Por este, solicite autorização, para re-publicar este texto, no blogue josemariacostaescreveu.blogspot.com Lembre-se, ao autorizar, deixe a mesma no espaço comentários, do blogue citado. Estamos no aguardo.
ResponderExcluirDesde já, agradecemos a atenção.
Companheiro está mais que autorizado o compartilhamento...Abraços
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