O evento que tratamos na postagem acima, realizado no Município de Olinda Nova do Maranhão, teve sua abertura com as notas entoadas pelo Coro das Marias.
Fruto de quatro meses de oficinas de canto, o coral das Marias é formado por um grupo de quebradeiras de côco babaçu do povoado Manoel João (Arari).
Quem ouvirá o canto das quebradeiras, esse é o nome do projeto coordenado pelo Instituto Baixada em parceria com o Instituto Formação e financiamento do BNB. O projeto visa o fortalecimento da identidade cultural das participantes a partir da catalogação e gravação das cantigas que acompanham a lida diária dessas mulheres.
Com algo peculiar, as senhoras que encabeçam o coral trazem o nome como uma característica em comum, Maria ou Marias. O projeto é realizado em Arari e Perimirim.
O repertório de ontem contou com João do Vale, Luiz Gonzaga e músicas de autoria própria, as Marias estão sendo incentivadas a comporem as músicas que possivelmente farão parte do primeiro CD das quebradeiras do Maranhão.
De acordo com Cris Santana (professora de canto) o projeto fomenta a arte dessas mulheres que trabalham cantando, nada mais está sendo feito além de aproveitar o que elas já fazem, o repertório maranhense é importante porque canta a realidade delas.
“Elas estão em um momento de criação, discutimos a realidade das quebradeiras e fazemos um repertório baseado em um apanhado social. Para melhorar a articulação entre os dois municípios envolvidos, aconteceu a mais ou menos duas semanas um encontro entre quebradeiras de Arari e Perimirim”. Cris Santana
Maria da Cruz (quebradeira, cantora e compositora) declarou a este blog a sua emoção em cantar sua vida, ela nos disse que sua inspiração para compor vem do seu trabalho cotidiano, Maria deixou escapar a sua vontade de melhoria da qualidade de vida e que o projeto tem proporcionado novos horizontes.
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