Este texto fará parte de uma sequência, portanto, isso lhe põe na classe dos inacabados, afinal vivemos uma eterna construção.
Arari e o corredor dos foliões da democracia.
Nas minhas andanças por aí, um dos assuntos que não pode faltar é a famosa política, não sei se tive algum ancestral que tenha me passado essa insaciável vontade de me alimentar sobre a história da vida política por onde eu passo.
Nas rodas de diálogos, quando falo que Arari merece uma atenção especial, as pessoas duvidam, mas nós que somos ararienses sabemos muito bem do que estou falando.
Lembro de uma vez, uma noite para ser mais preciso, um amigo estava de passagem por Arari, era noite de passeata (eleição passada), nos concentrávamos no Bairro Mearim para sairmos nesta que é uma verdadeira festa da democracia aliada a um saudável carnaval fora de época. Eu peguei meu telefone e liguei por volta das nove horas e pedi que ele ficasse posicionado no canteiro em frente ao hotel no qual se hospedava, mas preveni que ficasse no meio e tomasse cuidado com a cabeça.
Logo após a passagem das duas passeatas pela avenida principal, ele me ligou desesperado dizendo que nunca tinha visto algo parecido nos lugares onde ele andou, e olha que viaja muito.
Acredito que a experiência que ele teve foi tão empolgante que na noite seguinte eu o encontrei no local marcado para a concentração de mais um arrastão, ele falou que gostaria de comprovar pessoalmente o que era aquela energia que o encantou na noite anterior.
A alegria, a vontade de expressar o sentimento, em algumas vezes de maneira erronia, amigos de lados opostos, dedo pra cima, dedo pra baixo, sinal de vitória, isso empolga e nos faz ararienses apaixonados por política.
Não encontramos com facilidade outro município que faz passeata todos os dias durante um mês, e quem não entra na corrida fica como platéia afoita a esperar o embate entre dois povos que neste momento mostram suas diferenças do mesmo modo.
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