17/05/2010

Insônia

Postado em 17.5.10  | No marcador  


A solidão resolveu me acompanhar ao simples alcova.

São horas de delírios, sonhos, viagens sem inicio que acabam com a chegada de outro sonho, ou delírio.

As lembranças são sufocadas pela insana vontade de sonhar.

As lágrimas escoam e molham a imagem do lençol de linho branco.

As linhas aparecem e se vão como a um passe de mágica.

As amarguras nascem, crescem, reproduzem e não morrem ao fim da estação



Hoje a solidão resolveu me fazer companhia.

Eu estava, ou estou eternamente preso a essa sina de um único olhar.

Sou protagonista de uma novela de um só ator.

Assisti um monólogo que retratava as agruras de ser homem.

Voei ao espetáculo que no palco apenas há um gesto.

Fui o ouvido das notas que contaram a história da minha vida.



Agora a solidão resolveu ser a inspiração para algumas palavras.

A pedido de um amigo, talvez ele tenha falado a ela que viesse até mim.

Adoraria presentear-te com linhas repletas de sorrisos.

Adoraria fazer parte das tuas publicações com minha história de amor preferida.

Felizmente não será possível falar-te de meus amores, já que não conheço essa ciência.

Posso dizer das dores que tive, que tenho, que terei durante essa vida de um único olhar.



A noite uma amiga resolveu me emprestar um ombro.

Não tive coragem para dizer que apenas o sono me bastava.

Foram horas de um lado para outro sem prazo para saciar a sede de dormir.

Foram horas levadas pelo mágico canto de Sosa.

Uma busca incessante por um minuto de encontro comigo mesmo.

Horas de delírios, sonhos e viagens sem inicio, mas que acabam

com a chegada de outro sonho, ou delírio.

Ailton Barros

imagem:diariodopassaro.blogspot.com

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