A pré-candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff, disse, nesta quarta-feira (21), não acreditar que o nível da campanha possa baixar. A petista respondia uma pergunta sobre um possível acirramento do ânimos quando ela se encontrasse pessoalmente com o pré-candidato José Serra (PSDB).
"Nem eu sou tão brava quanto se diz, nem ninguém é tão bonzinho quanto parece". Questionada se estava falando sobre Serra, Dilma disse que estava falando sobre qualquer pessoa. A petista concedeu entrevista ao programa "Brasil Urgente", da Rede Bandeirantes.
Dilma defendeu a reeleição no Brasil argumentando que não se pode fazer um bom governo em quatro anos, e criticou, sem citar nomes, os presidentes Álvaro Uribe, que tentou passar a proposta por referendo na Colômbia, e Hugo Chávez, que pode se reeleger indefinidamente na Venezuela. "Em quatro anos você dá início a um processo, mas não esgota um processo". E completou: "O que não está certo é o que ocorre em alguns outros países da América Latina, que é a tentativa de fazer três mandatos".
Temer vice
Dilma evitou falar sobre preferência quando perguntada se Michel Temer seria um bom vice e elogiou presidente do PMDB. "Acho que ele é um bom nome. O Temer tem todas as condições porque é um homem experiente", disse.
Ciro Gomes
Sobre a insistência de Ciro Gomes em ser candidato pelo PSB à Presidência da República, Dilma adotou o mesmo discurso defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ciro tem condições de pleitear tudo o que ele quiser. Ele tem todas as condições de pleitear uma candidatura à presidência", afirmou.
PAC
A petista defendeu o Programa de Aceleração do Crescimento e rebateu as críticas da oposição de que ele ainda não saiu do papel. Segundo Dilma, o Rodoanel, anel viário inaugurado recentemente por Serra na capital paulista, é um exemplo de obra do PAC que saiu do papel. "A prova que saiu do papel é o Rodoanel, que teve participação do governo federal".
uol
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