Indistinto

      Às vezes nos deparamos em situações confusas, onde não sabemos o que fazer. E isso nos frustra, deixa-nos como se estivéssemos dentro de um lugar que só nós podemos estar.

      Por que isso acontece conosco? Não acredito que é depressão, pois se fosse, todos nós teríamos um quadro psíquico anormal (ou será normal?).  Que seja!

     Quem nunca passou por isso? Até aquele super, mega, hiper feliz como “eu”, já pôde sentir na pele momentos assim.

     Tenho certeza que por alguns instantes sua mente fica vazia, sem ação. É o que nos acontece de súbito. Talvez possamos chamar esse momento de choque, ou será medo? (O que for melhor para você).

      E por incrível que pareça, essa reação é resultado de uma ação, exercida por alguém. Temos a sensação que a bateria do relógio acabou, que o tempo parou. Mesmo sem querer imagens captas nessas horas nunca são apagadas, elas são arquivadas de forma surpreendente.

      O que perturba mais não são as situações, são as palavras que saem como um tiro certeiro, machucando e quebrando tudo que encontra pela frente. E esses atiradores de elite muitas das vezes nem se dão conta que estão triturando vidas, sonhos.

    As pessoas que enfrentam esse quadro desenvolvem uma espécie descarga elétrica (algo que as deixe exprimir), algumas choram, outras ficam estressadas. Eu canto! Quem me conhece está perguntando quando é que não estou cantando. É simples explicar, não é da mesma maneira. Começo cantar sem interrupções, acaba a música e de imediato já estou em outra.

            Peço paciência leitores.

Nilson Batalha Júnior 

imagem:2.bp.blogspot.com